Não é tão simples falar do bem e da ingratidão,porque na
verdade são dois pontos extremos. Assim o são, mas podemos dizer também que
caminham juntos, pois é tão comum em nossos antepassados e mesmo nos dias
atuais, fazer-se um “bem” e receber uma “ingratidão” Muitas e muitas vezes
somos surpreendidos com a união dessas duas extremidades e ficamos chocados.
Será que isso é natural? Como podemos
nos preparar para o suporte desse choque?
Não é tão fácil como pensamos, se voltando ao fato de que ainda somos um
pouco primitivos, imperfeitos, conservadores de muitas mazelas a lapidar e de
que temos muito a crescer , evoluir. Ainda somos seres muito enraizados a
troca, o famoso toma lá dá cá, do dito
popular. Mas existe um caminho no qual podemos começar aos poucos a combater dentro
de nós a forma trocadilha que a muito se enraizou pelos costumes sociais. Temos
que voltar a acreditar que fazer um bem
não significa que terei que receber o bem da mesma forma ou do mesmo
beneficiado. Pois é,,,, quando lemos os
ensinamentos do Cristo, podemos começar aos poucos a entender que muitas vezes
já recebemos até mesmo pelo que estamos doando, pois temos nosso emprego, saúde
e tantas outras coisas e não são poucas as vezes que nos esquecemos de
agradecer a Divindade por esses méritos. Portanto refletimos um pouco; Será que
também não estamos sendo ingratos? Ao ponto que quando alguém não nos
agradece,não menciona nossos méritos, ao contrário ,nos pisoteia com a
ingratidão, fiquemos irritados, raivosos?
Então deixamos de fazer o bem. Será que não existe aí mais egoísmo do
que caridade? Acho que podemos partir
para a prática do bem com desinteresse que é bem mais agradável a Deus, e não
ficarmos esperando a troca, o agradecimento. O
Mestre Jesus deixou bem claro; não procurar na terra as recompensas,
assim não a teremos no céu. Quem sabe se algum benefício por nós julgado
esquecido, lá na frente nos trará boa ventura pelas mãos do Criador. Portanto
não precisamos ficar esperando no companheiro terreno,tais méritos e
recompensas e assim praticando a cada dia esse desinteresse , poderemos
praticar o bem, mais aliviados e mais preparados para o choque da “ingratidão”.
Refletimos e veremos que podemos combater em nós essas mazelas e praticar o
bem,mais dentro possível da forma verdadeira ensinada por Jesus.
Texto: Carlos Rodrigues
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